Política Inclusão Social
Mais de 6,5 milhões de famílias deixaram linha da pobreza em 2 anos
Redução de 25% no número de famílias em situação de pobreza é atribuída ao crescimento econômico, programas sociais e aprimoramento do Cadastro Único.
10/09/2025 08h11 Atualizada há 45 minutos
Por: Amanda Lafayette Fonte: Agência Brasil
Foto: Reprodução/Internet

Entre 2023 e 2025, cerca de 6,55 milhões de famílias conseguiram sair da pobreza, totalizando aproximadamente 14,17 milhões de indivíduos. Esta informação é parte de um estudo sobre as famílias registradas no Cadastro Único (CadÚnico), que foi divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

De acordo com os critérios do CadÚnico, considera-se em situação de pobreza as famílias cuja renda é de até R$ 218 por pessoa. Em 2023, havia 26,1 milhões de famílias nessa categoria, número que caiu para 19,56 milhões em julho de 2025, representando uma redução de 25%.

O ministro do MDS, Wellington Dias, atribui essa mudança a uma combinação de crescimento econômico e progresso social. Ele afirma que as pessoas estão saindo da pobreza, seja por meio de empregos ou iniciativas empreendedoras.

O Cadastro Único fechou julho deste ano com 41,6 milhões de famílias, englobando 95,3 milhões de pessoas. O ministério classifica os beneficiários do CadÚnico em três grupos, de acordo com a renda mensal per capita:

·         Situação de pobreza: até R$ 218

·         Baixa renda: entre R$ 218,01 e meio salário mínimo (R$ 759)

·         Renda acima de meio salário mínimo

O CadÚnico serve como acesso a benefícios governamentais, incluindo o Bolsa Família. Para se qualificar no programa de transferência de renda, a principal exigência é que a renda mensal de cada membro da família não ultrapasse R$ 218.

Acerca da renda familiar, o cálculo é feito somando as rendas individuais dos membros da família e dividindo o resultado pelo número de pessoas que compõem o núcleo familiar. Essa renda inclui, além dos rendimentos do trabalho, valores provenientes de aposentadorias, pensões, doações e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo mensal a idosos a partir de 65 anos ou a pessoas com deficiência de qualquer idade.

A pesquisa que revelou a diminuição do número de pessoas abaixo da linha da pobreza foi conduzida pela Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único. Segundo o secretário Rafael Osório, a queda nas famílias com renda inferior a R$ 218 per capita se deve a três fatores principais:

•      Avanço dos programas sociais

•      Melhoria nas condições do mercado de trabalho

•      Aprimoramento do CadÚnico, que agora integra automaticamente dados sobre a renda formal dos trabalhadores

Com essas melhorias, o governo consegue incluir informações, como o recebimento de aposentadorias. O secretário destaca que, ao integrar dados de outras bases já disponíveis ao governo, a dependência da auto declaração foi reduzida.


(Foto: Reprodução/Agência Brasil)