O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou uma proposta inédita para padronizar o mapeamento de áreas verdes em cidades brasileiras. O projeto-piloto será testado nas cidades de Guarulhos (SP) e Palmas (TO), que foram escolhidas por suas diferenças regionais, climáticas e de formação urbana.
O principal objetivo do estudo, segundo a responsável técnica Manuela Mendonça de Alvarenga, é validar uma metodologia para que ela possa ser aplicada em todo o país no futuro. A ideia é que o projeto seja submetido à avaliação de outros pesquisadores e gestores para aprimoramentos antes de sua implementação em escala nacional.
Para a pesquisa, o IBGE utilizou a definição de áreas verdes urbanas do Código Florestal Brasileiro, que inclui espaços públicos ou privados com vegetação, naturais ou recuperados, que não são destinados a moradia ou loteamento (como parques, praças e canteiros). A metodologia combinou duas fontes de dados:
O mapeamento também seguiu o padrão internacional da ONU-Habitat, focado em densidade demográfica e tamanho da população em áreas contínuas.
Os resultados preliminares mostram a importância de considerar as áreas verdes no entorno das cidades:
A metodologia, pensada para ser de fácil processamento e com insumos acessíveis, poderá fornecer dados de qualidade para todo o Brasil. O projeto também tem o potencial de servir como base para treinar algoritmos de inteligência artificial, o que permitiria uma atualização do mapeamento mais automatizada no futuro.