Com 96% da área colhida no fim de agosto, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu sua estimativa para a produção de café no país na safra 2025/26. O volume previsto caiu de 55,7 milhões para 55,2 milhões de sacas de 60 quilos, segundo o terceiro levantamento da safra do grão, divulgado nesta quinta-feira (4/9). Mesmo com este corte, e ainda que este seja um ciclo de baixa bienalidade, o volume estimado aponta um crescimento de 1,8% em comparação com o resultado obtido em 2024/25.
A colheita no período é influenciada pela recuperação de 3% na produtividade das lavouras na média nacional, saindo de 28,8 sacas por hectare em 2024/25 para 29,7 sacas por hectare nesta safra. “É importante lembrar que em 2024, ano de bienalidade positiva, o desempenho das lavouras foi prejudicado devido às adversidades climáticas registradas em diversas regiões produtoras”, diz a Conab, no texto.
Já a área em produção para o atual ciclo está estimada em 1,86 milhão de hectares, redução de 1,2% ao se comparar com 2024/25, enquanto a área em formação registra um aumento de 11,9%, podendo chegar a 395,8 mil hectares. Com isso, a área total destinada à cafeicultura em 2025/26, considerando as espécies arábica e conilon tanto em produção como em formação, é de 2,25 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 0,9% em relação ao ano anterior.
A produção do café arábica está estimada em 35,2 milhões de sacas beneficiadas, o que representa uma redução de 5% em relação ao previsto no relatório de maio e 11,2% em comparação à safra anterior. No caso do conilon, a produção está estimada em 20,1 milhões de sacas beneficiadas, acréscimo de 37,2% em relação à safra anterior e de 2 milhões de sacas em relação ao previsto em maio.
A Bahia deve registrar uma melhora de 33,5% na produção total do grão (arábica e conilon), estimada em 4,1 milhões de sacas em todo o estado. Esse crescimento se deve à entrada de novas lavouras em produção, com alta produtividade e manejo irrigado, sobretudo na região do Atlântico, onde predomina a espécie conilon, e no Cerrado baiano.
Na espécie conilon, que representa 72% da produção de café na Bahia, observa-se o expressivo crescimento de 51,2%, com o volume de produção previsto em 2,95 milhões de sacas. A espécie arábica apresenta crescimento de 2,4%, prevista em 1,1 milhão de sacas. Rondônia também deverá registrar um acréscimo de 10,4% na colheita em comparação à safra passada, com uma produção estimada em 2,3 milhões de sacas em 2025.