Trânsito Cerol
Motociclista é ferido por linha de cerol na BR-343 em Piripiri
Prática perigosa de soltar pipas com cerol próximo à rodovia coloca vidas em risco; moradores alertam para recorrência e pedem fiscalização.
09/07/2025 11h04
Por: Adilson Carlos

Um motociclista identificado apenas como Antônio, residente da comunidade Pitombeira, zona rural de Piripiri, sofreu ferimentos leves após ser atingido por uma linha com cerol enquanto trafegava pela BR-343, na manhã desta terça-feira (08). O caso aconteceu nas proximidades do acesso ao residencial Petecas, trecho conhecido pelo intenso tráfego de veículos e pela prática frequente de soltura de pipas por adolescentes.

Segundo informações de populares, o motociclista seguia de volta para casa quando foi surpreendido pela linha cortante. Apesar de estar utilizando capacete, a linha atingiu parte de seu rosto, provocando escoriações. O uso do equipamento de proteção foi essencial para evitar um desfecho mais grave.

A região onde o acidente ocorreu é constantemente usada por jovens para empinar pipas, mesmo sendo uma área de risco. Testemunhas afirmam que a atividade acontece de forma rotineira, especialmente nos períodos da tarde e nos fins de semana, sem o menor cuidado com a segurança dos que circulam pela rodovia.

O incidente reacende o alerta sobre os perigos do cerol — mistura de cola e vidro moído aplicada à linha — que pode causar ferimentos graves e até mortes, principalmente entre motociclistas. Campanhas educativas e fiscalização mais rígida têm sido cobradas por moradores e lideranças comunitárias, que temem novas ocorrências.

A Polícia Rodoviária Federal e órgãos municipais de segurança reforçam a importância da conscientização da população e alertam que o uso de cerol é crime, podendo resultar em punições para os responsáveis. Soltar pipa é uma brincadeira saudável, mas precisa ser feita em locais apropriados e com responsabilidade. O cerol transforma diversão em arma.

Antônio passa bem e se recupera em casa. O caso serve de alerta para que atitudes simples — como respeitar os espaços e usar materiais seguros — possam preservar vidas.