A crise na saúde pública de Parnaíba se agravou. Os profissionais da área decidiram, em assembleia, entrar em greve geral a partir do dia 23 de junho, por tempo indeterminado. A decisão foi comunicada oficialmente ao prefeito Francisco Emanuel pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDSERM), por meio de ofício protocolado no último dia 16 de junho.

De acordo com o sindicato, a paralisação é resultado de tentativas fracassadas de negociação com a gestão municipal, que não apresentou nenhuma proposta concreta para reajuste salarial ou para resolver as demandas pendentes da categoria. Os servidores da saúde denunciam que estão há 14 anos sem qualquer recomposição salarial.

O cronograma da greve prevê paralisação total entre os dias 23 e 27 de junho, mantendo apenas os serviços essenciais, como determina a legislação. Estão programados ainda atos públicos nos dias 25 de junho, 2, 16 e 23 de julho, além de paralisações específicas em setores como Odontologia, CAPS, Vigilância Sanitária, médicos veterinários e eMulti. Uma nova assembleia está marcada para o dia 26 de julho, quando será avaliado o andamento do movimento.

Em nota, o SINDSERM reforça que a greve é um direito legal e que será encerrada assim que a Prefeitura se disponha a negociar, com pauta definida, cronograma claro e propostas efetivas.

Enquanto isso, a população acompanha o impasse com preocupação, temendo os impactos nos postos de saúde, unidades básicas e serviços especializados, que dependem diretamente dos profissionais em greve.

O sindicato reforça que, apesar da paralisação, os atendimentos considerados essenciais serão mantidos, como prevê decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O clima é de expectativa, e os servidores aguardam uma posição concreta da administração para evitar o agravamento da situação.