A Polícia Civil do Maranhão, em ação integrada com o Departamento de Repreensão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) do Piauí, prendeu nesta segunda-feira (05), em Timon, Eryca Carollyne Costa Araújo, conhecida como "Arlequina". Ela era uma das foragidas da Operação Faixa Rosa, deflagrada na semana passada em Teresina, que tinha como alvo mulheres suspeitas de integrar uma organização criminosa.
De acordo com o delegado Charles Pessoa, do Draco, "Arlequina" é apontada como membro ativo de um grupo de WhatsApp denominado "A LUTA NÃO PARA". Este grupo era composto por mulheres que realizavam cadastros para a facção e até mesmo executavam ordens internas.
Natural de Porto (PI), Eryca Carollyne havia se mudado para Teresina com o objetivo de intensificar sua atuação na organização criminosa. Sua prisão ocorreu no bairro Novo Tempo, em Timon, no estado vizinho do Maranhão.
O delegado Charles Pessoa detalhou a participação da suspeita: "Arlequina atuava diretamente no tráfico de entorpecentes e em alguns atos do Tribunal do Crime", referindo-se aos julgamentos internos realizados pela facção.
A escolha do apelido "Arlequina" também chamou a atenção das autoridades. "A escolha do nome Arlequina é em alusão ao personagem de um filme que tem envolvimento com a criminalidade, isso demonstra o nível de influência, em quem ela se espelhava", explicou o delegado.
A investigação revelou que Eryca Carollyne conseguiu escapar da primeira fase da Operação Faixa Rosa. "Ela ia ser presa no dia da operação, escapou, mas continuamos o trabalho de monitoramento e hoje fizemos a prisão. Já temos muitos elementos que a vinculam à facção criminosa. Ela já foi presa anteriormente por envolvimento com o tráfico de drogas", afirmou o delegado. Ele também mencionou a ligação familiar da suspeita com outros membros da facção: "A irmã dela tinha um relacionamento amoroso com um indivíduo que prendemos na semana passada, mas devido ao envolvimento dele com o Comando Vermelho, eles tiveram uma desavença e disse até que foi ameaçada de morte."
Com a prisão de "Arlequina", sobe para 13 o número de detidos dos 15 alvos da Operação Faixa Rosa. O coordenador do Draco reiterou a importância da ação integrada entre as polícias dos dois estados para combater o crime organizado: "São mulheres que trilharam o caminho da criminalidade e, além do envolvimento com a facção criminosa, praticavam outros crimes. Mulheres envolvidas com a criminalidade violenta e que a gente tinha que tomar as devidas providências para coibir essa célula feminina."