Cidades Imperatriz
Vítima de ovo de Páscoa envenenado no MA é extubada e já se comunica, diz família
Mirian Lira, de 32 anos, estava em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Municipal de Imperatriz, desde a última quinta-feira (17), após comer um ovo de Páscoa. Suspeita de colocar veneno no chocolate está presa.
21/04/2025 14h18
Por: Fabio Brito Fonte: G1 Maranhão

Mirian Lira, de 32 anos, uma das vítimas de envenenamento em Imperatriz, no Sudoeste do Maranhão, foi extubada na tarde desse domingo (20), segundo a família.

A mulher, que estava em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Municipal de Imperatriz, desde a última quinta-feira (17), após comer um ovo de Páscoa, já consegue se comunicar e apresenta boa evolução, embora ainda esteja sem movimentar o corpo.

De acordo com a família, Mirian saiu da UTI e foi para a enfermaria, na manhã desta segunda-feira (21), onde foi informada sobre a morte do filho Luís Fernando, de 7 anos, e sobre o estado de saúde da filha Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, que está entubada na UTI, após consumir o mesmo chocolate.

Mirian chegou a passar mal após receber a notícia, mas está tendo suporte psicológico para lidar com a perda do filho e com a situação grave da filha.

Segundo o último boletim médico, divulgado na manhã desta segunda, Evelyn Fernanda segue internada na UTI II e apresentou piora clínica, neurológica e hemodinâmica, considerável nas últimas 24h.

O Hospital Municipal de Imperatriz informou, ainda, que a adolescente está mantendo-se hipotensa (com pressão baixa), mesmo com medicações otimizadas para manter a pressão arterial minimamente estável.

A equipe médica afirmou que segue acompanhando o caso de forma contínua, adotando todas as medidas necessárias para estabilização do quadro clínico.

Segundo as investigações da Polícia Civil do Maranhão, ciúme e vingança levaram Jordélia Pereira a envenenar um ovo de Páscoa e enviar para Mirian Lira em Imperatriz, no sudoeste do Maranhão. A mulher foi presa na cidade de Santa Inês, na região do Médio Mearim, na última quinta.

Jordélia estaria inconformada com o fim do casamento e com o fato de o ex-marido estar se relacionando com Mirian.

Quem é a mulher presa suspeita de envenenar ovo de Páscoa que matou criança de sete anos no MA
Em depoimento na Delegacia Regional de Santa Inês, ela confessou ter comprado o chocolate, mas negou ter colocado veneno. No entanto, a Polícia Civil destaca que há indícios suficientes que apontam Jordélia como autora do crime.

“Os indícios levam a crer, através de vários pontos investigados, que o crime foi motivado por vingança, por ciúme, tendo em vista que o ex-marido da autora é o atual companheiro ou atual namorado da vítima, que foi envenenada juntamente com seus dois filhos", disse o secretário de segurança do Maranhão, Maurício Martins.

"Há vários indícios que apontam claramente que essa mulher foi autora do crime. A polícia vai continuar trabalhando para robustecer esses indícios e apresentá-la ao Judiciário, para responder por esse bárbaro crime", afirmou.

O g1 não conseguiu localizar a defesa da suspeita até a publicação desta reportagem.

Moradora do Centro de Santa Inês, no Vale do Pindaré, Jordélia Pereira era conhecida no ramo da beleza e possui um estúdio de estética em casa.

Em um perfil em uma rede social, Jordélia afirma ser esteticista, atuando com estética facial e corporal, além de ser embaixadora de uma linha de cosméticos e instrutora em uma instituição de ensino profissionalizante no curso de estética, desde 2019.

Com 12,5 mil seguidores em uma rede social, Jordélia Pereira compartilha o trabalho que realiza como esteticista, além de publicar mensagens de superação e motivação.

A suspeita de envenenar a família também frequentava uma igreja evangélica quando estava casada, segundo relatos de alguns fiéis, que disseram que o casal era problemático e vivia brigando, inclusive na porta da instituição religiosa

Jordélia foi transferida nesse domingo (20) para a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís (UPFEM). Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), ela deve permanecer no presídio à disposição da Justiça durante o curso das investigações.