Cidades do Maranhão sofrem com as enchentes provocadas pelo grande volume de chuva registrado nas últimas semanas. Pedreiras, cidade a 245 km de São Luís, é um dos municípios mais atingidos pelas enchentes e as famílias ribeirinhas são as que mais sofrem com a situação.
De acordo com a Defesa Civil Municipal de Pedreiras, 25 famílias continuam isoladas em dois povoados atingidos pela cheia do rio Mearim. Somente este ano, cerca de 200 famílias já foram afetadas pelo aumento do volume do rio que está quase 5 metros acima do nível normal.
Devido a variação do rio Mearim, outras famílias estão ameaçadas a saírem de suas casas. Até o momento, 68 famílias estão alojadas em abrigos temporários montados pelo município em Pedreiras.
Em Trizidela do Vale, cidade a 282 km de São Luís, a enchente também causa estragos por toda a cidade. Mais de 20 famílias estão desabrigadas ou desalojadas e, 59 pessoas, entre crianças, adolescentes, adultos e idosos foram afetados.
"O mês de abril todinho é chuvoso e maio. Então para nós não fazer o mesmo trabalho diversas vezes, a gente pede para eles [desabrigados] ficarem no abrigo por enquanto. Mas, no momento em que sair a água de dentro de casa, eles podem voltar", explica Otone Sousa, da Defesa Civil de Trizidela do Vale.
Maior enchente em Afonso Cunha
Afonso Cunha, cidade a 300 km de São Luís, também é um dos municípios mais afetados pelas enchentes. Na semana passada, os moradores foram pegos de surpresa pela água que subiu e inundou bairros inteiros.
Após mais de 10 horas de chuva intensa, o riacho São Gonçalo transbordou e inundou a cidade, que tem pouco mais de 6 mil habitantes. Dos sete bairros do município, o alagamento atingiu cinco bairros e deixou comunidades rurais isoladas.
A Prefeitura de Afonso Cunha criou um gabinete de crise para definir estratégias de apoio às famílias atingidas. Como medida emergencial, uma rua precisou ser cortada para ajudar no escoamento da água represada.
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