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Hospital Estadual Leonardo Da Vinci promove treinamento para fortalecer doação de órgãos
O Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), realizou, nesta quarta-feira (12), um treinamento par...
14/02/2025 21h13
Por: Redação Portal Verdes Campos Sat Fonte: Secom Ceará

O Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), realizou, nesta quarta-feira (12), um treinamento para diversos profissionais da unidade sobre Transplantes e Doação de órgãos. O objetivo é impulsionar a recém-criada Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), cuja missão é organizar, dentro da rotina hospitalar, o reconhecimento de potenciais doadores de órgãos.

O momento foi conduzido pela enfermeira da CIHDOTT do Instituto Doutor José Frota (IJF) e atual coordenadora do Banco de Olhos do Ceará (BOC), Lisiane Paiva. Atuando há 24 anos na área de doação de órgãos, a palestrante abordou os aspectos técnicos e protocolares do processo em questão e reforçou a necessidade de sensibilizar as equipes assistenciais sobre o acolhimento e a comunicação com os familiares, fator que pode influenciar diretamente na aceitação da doação.

“É um processo que exige conhecimento dos profissionais, habilidades na comunicação e compreensão das fases do luto. É fundamental respeitar esse momento difícil para a família, ao mesmo tempo em que se apresenta a possibilidade da doação, garantindo que entendam que o hospital fez tudo o que era possível. Dessa forma, as famílias podem transformar a perda em um ato de solidariedade, ajudando pacientes que aguardam na fila por um transplante”, explicou a enfermeira.

Lisiane Paiva destacou ainda que é preciso “encantar” os profissionais para a importância da doação, uma vez que a CIDHOTT não se restringe apenas aos membros da comissão, mas depende de todos no hospital para que o processo funcione.

“A doação de órgãos proporciona qualidade de vida e permite que muitas pessoas voltem a trabalhar e a viver plenamente. Quando recebe a doação, uma pessoa que está cega pode voltar a enxergar e retomar sua vida profissional. Por exemplo, um paciente em hemodiálise, ao receber um transplante de rim, deixa de depender da máquina para sobreviver. Aqueles que aguardam um transplante de pulmão, muitas vezes utilizando oxigênio suplementar, podem respirar melhor e ter uma vida mais ativa”, afirmou.

Atuação no Helv

Foto: Reprodução/Secom Ceará

A enfermeira Coordenadora da CIHDOTT do Helv, Nayane Almeida, explica que a criação da comissão busca aprimorar o processo de doação e captação de órgãos, contribuindo para a redução da fila de espera por transplantes no Estado. A comissão é composta por uma enfermeira, um médico, uma assistente social e uma psicóloga.

Atualmente, a comissão já acompanha um protocolo de morte encefálica (ME), conduzido por dois médicos diferentes e habilitados que realizaram os dois exames clínicos, além de um exame complementar, que pode ser um eletroencefalograma (EEG), um doppler transcraniano ou angiografia cerebral. Após abertura do protocolo é enviado a ficha de notificação do potencial doador à Central Estadual de Transplante.

Nayane destaca ainda que, um aspecto essencial durante todo o processo é o acolhimento às famílias, que deve ser humanizado, respeitoso e empático.