O Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central (BC) mostra que há R$ 9,046 bilhões esquecidos em bancos e instituições financeiras. Dentre os beneficiários, 45.040.100 milhões são pessoas físicas, segundo o mais recente relatório da autarquia.
Juntos, esses beneficiários respondem por R$ 6,9 bilhões esquecidos em bancos, consórcios ou outras instituições. Pessoas jurídicas, que somam 3.912.419 milhões de empresas, têm R$ 2.1 bi. No total, são 48.420.892 beneficiários.
Só nos bancos, onde está a maior fatia do dinheiro esquecido (R$ 5,1 bi), são mais de R$ 31 milhões de beneficiários, entre empresas e clientes pessoas físicas.
O prazo oficial para buscar os recursos acabou em 16 de outubro de 2024. Quem não conseguiu sacar o dinheiro ainda têm chances de tentar conseguir o dinheiro.
Isso porque uma lei sancionada em 16 de setembro pelo presidente Lula (PT) - que você acessa clicando neste link - estabeleceu que corridos 30 dias após publicação da lei - os recursos esquecidos, de qualquer natureza, que não tenham sido resgatados fossem remetidos ao Tesouro Nacional.
Logo, os R$ 9 bi estão sob responsabilidade do Tesouro. Caso não haja contestação do dinheiro que aguarda no Tesouro Nacional, os valores serão, então, incorporados de forma definitiva como receita orçamentária primária pela União.As pessoas e empresas precisam requerer judicialmente o reconhecimento do direito aos valores.
Acesso ao Sistema de Valores a Receber fica mais rígido
A partir desta quinta-feira, 13 de fevereiro, o acesso ao Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central (BC) só poderá ser feito por contas gov.br nível prata ou ouro, que tenham a verificação em duas etapas habilitada. O mesmo vale para o Registrato, que permite aos cidadãos consultarem suas informações financeiras pessoais.
A medida do Banco Central busca ampliar a segurança dos usuários. "Com a configuração de acesso em duas etapas, o usuário aumenta a segurança dos seus dados e amplia a proteção de suas informações", diz a autarquia, em nota.
Como autenticar contas Gov.br em duas etapas
Para habilitar a verificação em duas etapas, é preciso instalar o aplicativo gov.br (disponível na Google Play e na App Store). A partir da habilitação, o cidadão usará um código único para autenticar cada acesso que fizer aos serviços que usam a conta gov.br.
O próprio aplicativo orienta a forma de habilitar a verificação em duas etapas. No primeiro acesso ao aplicativo gov.br, o dispositivo usado será vinculado à conta gov.br do cidadão. Só pode haver um único dispositivo vinculado por vez. Também será necessária a realização da validação facial para configuração da verificação em duas etapas.
Como fazer a consulta no Sistema Valores a Receber
Depois de autenticar a conta gov.br nível prata ou ouro e ter a verificação em duas etapas habilitada, a consulta pode ser feita informando o CPF e a data de nascimento própria ou de uma pessoa falecida.
A busca por algum 'dinheiro esquecido' é feita junto a bancos, consórcio ou outra instituição financeira. Se for empresa, basta informar o CNPJ e a data de abertura da mesma.
Caso tenha algo a receber, a pessoa vai poder solicitar a devolução do dinheiro e a instituição 'devedora' deverá fazer a transferência na chave pix informada no momento da solicitação.
Caso não consiga fazer a solicitação via SVR, a pessoa terá de entrar em contato com a instituição para combinar a forma de devolução do dinheiro.
No caso de resgate de dinheiro de uma pessoa falecida, você precisa ser herdeiro(a), testamentário(a), inventariante ou representante legal para acessar os dados. Para resgatar o valor do falecido, quem fez a pesquisa terá de falar com a instituição para saber que documentos vai precisar apresentar para receber o dinheiro.