São Paulo — O avião que caiu na manhã desta sexta-feira (7/2), na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, é o terceiro acidente aéreo ocorrido em 30 dias no estado.
Outras duas quedas de aeronaves marcaram o trágico mês de 2025: um avião de pequeno porte explodiu em uma praia de Ubatuba, no litoral de São Paulo, no dia 9; e, uma semana depois, no dia 16, um helicóptero com quatro pessoas caiu no Morro do Tico Tico, em Caieiras. Ao todo, foram cinco vítimas fatais.
A quantidade de acidentes ratifica relatório do Cenipa, órgão da Força Aérea Brasileira (FAB), que aponta o estado de São Paulo como o recordista em acidentes aéreos no Brasil nos últimos 10 anos.
De acordo com o Painel Sipaer, ferramenta de visualização de dados desenvolvida pelo Cenipa que permite pesquisar as ocorrências aeronáuticas no Brasil, o estado de São Paulo está em primeiro lugar em uma tabela que categoriza os casos em acidentes, incidentes graves e incidentes.
Os tipos de ocorrências são separados em vários itens, como falha ou mau funcionamento do sistema/componente; falha ou mau funcionamento do motor; excursão de pista, perda de controle no solo; perda de controle em voo; colisão com ave; entre outros.
Os aeroportos de São Paulo registraram, no período de 10 anos, um total de 2.041 ocorrências, entre as quais constam 287 acidentes, 116 incidentes graves e 1.638 incidentes.
O segundo colocado do ranking elaborado pelas autoridades da aviação civil nacional é o Rio de Janeiro, com 661 ocorrências – três vezes menos que SP. Contabilizam-se 40 acidentes, 38 incidentes graves e 583 incidentes.
Relembre os acidentes
Na manhã do dia 9 de janeiro, um avião de pequeno porte explodiu em uma praia de Ubatuba, no litoral de São Paulo. Conforme divulgou a prefeitura, a aeronave saiu da pista do aeroporto e seguiu em direção ao mar. A bordo, havia cinco pessoas: três adultos — entre eles, o piloto — e duas crianças.
O avião saiu do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás, e tentou pousar em Ubatuba, quando encontrou condições climáticas desfavoráveis.
O piloto do avião, Paulo Seghetto, foi a única vítima que morreu devido ao acidente. Outras sete pessoas ficaram feridas — cinco adultos e duas crianças.