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Réu é absolvido da acusação de homicídio que vitimou três PMs em Quixadá
Crime ocorreu no ano de 2016, no distrito de Juatama, durante o roubo a carro-forte
16/12/2024 08h45
Por: Helorrany Rodrigues Fonte: Agrolink

David William Lazaro foi absolvido dos crimes de homicídio contra os policiais militares Francisco Guanabara Filho, Antônio Lopes Miranda Filho e Antônio Joel Oliveira Pinto, além de cinco homicídios duplamente qualificados na forma tentada, também contra agentes de segurança.

O caso foi julgado na 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza durante três dias e a sentença foi proferida na quinta-feira, 12.

Entenda o caso

O roubo ao carro forte, que culminou nas mortes e sequestros de policiais militares ocorreu no dia 30 de junho de 2016, na estrada do distrito de Juatama, em Quixadá, a 169 quiômetros de Fortaleza. Na ocasião as viaturas da Polícia Militar se depararam com um grupo armado que atuava na explosão de um carro-forte.

Três policiais foram mortos, outros cinco foram vítimas de tentativa de homicídio, ainda um grupo de militares foi feito refém.

Conforme a sentença, o réu também foi absolvido dos crimes de roubo majorado, adulteração de sinal identificador de veículo e organização criminosa.

Dawid William foi julgado pelo 1º Tribunal do Júri da Comarca de Fortaleza e o Conselho de Sentença, por maioria, decidiu absolver o réu.

De acordo com o advogado Talvane Moura, foi possível comprovar, por meio de documentos, depoimentos e uma análise de provas que David não teve envolvimento no crime. "O que tivemos aqui foi erro, que o manteve injustamente encarcerado por mais de oito anos. Hoje, a Justiça foi feita", relatou o advogado Talvane Moura.

O Conselho de Sentença não acolheu a tese do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) contida na denúncia e absolveu o réu. "Diante da sentença absolutória, revogo a prisão preventiva decretada devendo ser expedido o competente alvará de soltura em favor do réu", informa a decisão.

Réu chegou a ser condenado a 123 anos

Em dezembro de 2021 o réu José Massiano Ribeiro foi condenado a 123 anos de prisão por envolvimento no crime. Outros dois réus haviam sido absolvidos neste caso