A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) registrou queda significativa nesta quinta-feira (21/11), ignorando os fortes dados comerciais do dia. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de novembro/24, referência para a safra brasileira, encerrou em baixa de 1,29%, ou -12,75 cents/bushel, cotado a $977,75.
O contrato de janeiro/25 caiu 1,40%, ou -14,00 cents/bushel, fechando a $985,25. Além disso, o farelo de soja para dezembro recuou 0,62%, cotado a $287,7/ton curta, enquanto o óleo de soja para dezembro teve queda de 2,54%, cotado a $42,18/libra-peso.
A retração ocorreu mesmo com o anúncio de vendas expressivas para exportação, que somaram 1.860.600 toneladas de soja na safra 2024/2025, superando as 1.555.400 toneladas do relatório anterior. A China foi destaque, adquirindo 1.197.000 toneladas. Além disso, foram comercializadas 333 mil toneladas de soja para a China e destinos desconhecidos e 133 mil toneladas de farelo para as Filipinas. Mesmo assim, as cotações dos três primeiros contratos permaneceram abaixo da barreira psicológica de $10/bushel.
Os fatores de baixa incluem a perspectiva de uma safra robusta no Brasil, projetada pela Conab em mais de 166 milhões de toneladas, além do clima favorável no Brasil e Argentina e a valorização do dólar, que pesa negativamente sobre Chicago. Por outro lado, as exportações americanas mantêm um viés altista, com resultados superiores às expectativas do mercado.
Apesar do desempenho negativo no pregão, o cenário sugere que as exportações podem limitar novas quedas no curto prazo, enquanto as atenções permanecem voltadas para as condições climáticas da América do Sul e os próximos movimentos cambiais.