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De outubro a outubro rosa: pacientes em tratamento de câncer de mama no HGCC relatam determinação e celebram a vida
“Não podemos esquecer da nossa força, beleza, sonhos e que a cura é possível. Que a gente seja sempre uma flor, de preferência rosa”, destaca Erque...
28/10/2024 13h26
Por: Redação Portal Verdes Campos Sat Fonte: Secom Ceará

Foto: Reprodução/Secom Ceará

“Não podemos esquecer da nossa força, beleza, sonhos e que a cura é possível. Que a gente seja sempre uma flor, de preferência rosa”, destaca Erquelina Sousa, paciente do HGCC

Diante de um câncer, a reação primeira é aterradora. É o que contam a professora Erquelina de Castro Souza, 62, e a copeira Eliete Rodrigues da Silva, 53. Duas mulheres diagnosticadas com câncer de mama que decidiram ser protagonistas de suas histórias. Elas exalam beleza e demonstram fortaleza, alegria de viver, determinação e vontade de continuar a escrever suas próprias trajetórias.

As duas mulheres são pacientes do Hospital Geral Dr. César Cals, unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Elas iniciaram o tratamento e continuam o acompanhamento ambulatorial. O próximo passo é a cirurgia de mastectomia. Confiantes no sucesso do procedimento, seguem com suas batalhas diárias para alcançar os objetivos e sonhos.

Erquelina esbanja alegria por onde passa. É determinada e com uma autoestima contagiante. Energia boa não falta. Ao saber do diagnóstico, sentiu um grande impacto. Esposa e mãe de quatro filhos, ela conta que foi desesperador. Mas, logo em seguida, lembrou de quem era e de tudo que fez para chegar onde está. “A gente começa a refletir e lembra que não pode perder tudo o que levou uma vida para construir. A gente parte para a luta e percebe que tem que ser forte”, lembra.

A mulher que não se deixa desanimar relata que pensou nos filhos, no marido, na mãe e nos amigos. Desde a primeira consulta no HGCC, que seria determinante para seu tratamento, ela buscou apenas o que a fazia bem, e lembrar daquilo que é mais precioso: a vida.

Foto: Reprodução/Secom Ceará

Mãe de quatro filhos, Erlequina diz que a família é fundamental para fortalecer e devolver esperança

“Eu sou professora. Sempre gostei de me arrumar e sou muito vaidosa. Não posso deixar que um câncer destrua tudo isso que tenho e sou. Para vencer, eu tenho que continuar sendo eu mesma: a Erquelina, aquela alegre, feliz, mãe de família, aquela que não para de falar um minuto sequer. Aquela que gosta de abraçar, que tem sonhos, como conquistar a aposentadoria, fazer as minhas viagens”, revela.

O tratamento continua. Erquelina dará mais um passo em busca da cura. Enquanto aguarda a cirurgia, ela segue espalhando amor por onde passa. “Eu queria dizer para todas as mulheres que estão recebendo o diagnóstico que outubro é também um mês da primavera, mês das flores. Quando uma flor desabrocha, ela tem força, ela tem grandeza, ela tem beleza. Nós, mulheres, não podemos nunca esquecer da nossa força, da nossa beleza, dos nossos sonhos e que a cura é possível, desde que a gente tenha pensamentos positivos, que a gente seja sempre uma flor, e de preferência rosa”, ressalta.

Foto: Reprodução/Secom Ceará

Eliete Rodrigues sempre procurou cuidar do corpo e da mente com a prática da atividade física

A copeira Eliete Rodrigues da Silva, 53, ficou sabendo que tinha câncer de mama na manhã do dia 26 de abril desse ano. A primeira sensação foi de que a vida tinha parado. Mas a fé em Deus a fez reagir e procurar mudar os desígnios do novo rumo que sua vida tinha tomado. A atividade física, que sempre fez bem para ela, parecia não ser mais possível. Como dona de sua história, ela foi em frente e não desanimou mais.

“Senti um abalo muito grande. Eu pensei que eu ia parar minha vida, a atividade física, porque eu gosto muito. Quando fui para a academia, até me senti mal, mas me recuperei e segui fazendo meus exercícios. Eu venho todos os dias. Queria também incentivar muita gente a não desanimar, porque atividade física não é só manter a saúde do corpo, mas também a mental, psicológica e a autoestima”, declara.

O tratamento foi iniciado no HGCC. Consultas, exames e o encaminhamento, por meio do programa Assistência Multiprofissional Ambulatorial (AMA), para as unidades que realizam quimioterapia e radioterapia. “Fiz todos os exames no Hospital César Cals. Lá também tive muito acolhimento. Consegui chegar aonde eu queria. Já fiz 16 sessões de quimioterapia. Então eu quero terminar meu tratamento bem, com estilo de vida melhor, e continuar depois da cirurgia, que será justamente no Hospital César Cals” projeta Rodrigues.

A força, o incentivo e a determinação estão sempre presentes na vida dela. “Já passei por muitos trajetos difíceis na minha vida e já lutei muito pelos outros. Hoje eu estou lutando por mim. O Senhor diz: ‘filha, agora chegou a tua vez. Lute por você’. E eu quero [lutar]. Para eu ajudar o próximo, eu tenho que estar bem. E isso é o que eu quero. Passar por esse trajeto difícil e doloroso, mas chegar lá”, fala.

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O educador físico Matheus Almeida acompanha o esforço de Eliete, essencial para ajudar no tratamento contra o câncer de mama

E o professor incentiva e acompanha de perto a dedicação da aluna. “A Eliete é uma pessoa forte, vencedora, por estar aqui constantemente buscando qualidade de vida e passar por esse processo. Eu tenho certeza de que, junto com o tratamento, ela vai conseguir superar tudo isso. E a gente sabe que a atividade proporciona a liberação de diversos hormônios que fazem com que a pessoa fique bem”, afirma o profissional de educação física, Matheus Almeida.

Linha de cuidados do Hospital César Cals abrange atenção integral

Foto: Reprodução/Secom Ceará

O HGCC tem uma linha de cuidados que passa por consultas, exames, cirurgia de mastectomia, cirurgia redutora de risco, entre outros

O Hospital Geral Dr. César Cals destaca-se na linha de cuidados do câncer de mama. A instituição disponibiliza serviços que vão desde a detecção precoce até o tratamento cirúrgico. A jornada de cuidado começa com um diagnóstico preciso. O hospital oferece exames de mamografia e ultrassonografia, essenciais para a detecção precoce de alterações mamárias.

“O serviço de Mastologia do HGCC oferece desde a consulta inicial, com o exame físico, seguida da mamografia, de rastreamento e, quando necessário, a ultrassonografia. O hospital realiza a biópsia da paciente, o tratamento cirúrgico, conforme indicação médica, assim como a avaliação para a cirurgia redutora de risco em pacientes com mutações genéticas. Desta forma, a gente consegue seguir todos os passos necessários para uma abordagem adequada do câncer de mama”, afirma o mastologista Antonio de Pádua Almeida Carneiro, diretor técnico do HGCC.

No HGCC, após o diagnóstico, as pacientes têm acesso a consultas com mastologistas, geneticistas e oncologistas, que elaboram um plano de tratamento individualizado. “Outo aspecto peculiar e importante é que dispomos de laboratório para ver o perfil molecular desses tumores, nós solicitamos a imuno-histoquímica (para diagnóstico de tumores), fazemos o estadiamento das lesões. Dessa forma, a gente consegue realizar o necessário para a correta condução dos nossos casos. Há ainda a previsão de início do serviço de biópsia estereotáxica, guiada por mamografia, nos casos de microcalcificações suspeitas”, destaca Antonio de Pádua.

Leia também: Cirurgia redutora de risco para câncer de mama proporciona esperança a paciente

Ações

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De janeiro a setembro desse ano, o HGCC já realizou 1.844 mamografias

O Hospital Geral Dr. César Cals oferece o acesso ao exame de mamografia durante todo o ano. No mês de outubro, a unidade amplia o número de exames realizados justamente como forma de atrair mais mulheres para a prevenção ao câncer de mama e detecção precoce. São 600 mamografias disponíveis. A mulher precisa ter 40 anos ou mais e não ter realizado o exame nos últimos seis meses.

“Nós aumentamos a oferta dos exames de mamografia durante todo esse mês. A gente tenta estimular que as pacientes realizem o exame e, dessa forma, diagnostique precocemente o câncer de mama” explica Pádua.

O HGCC também realiza, como parte da campanha “De outubro a outubro rosa”, as mamografias de mulheres trabalhadoras do próprio hospital, que devem procurar os Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt), para solicitação do exame, e das unidades hospitalares da rede Sesa. As interessadas devem agendar o procedimento no Núcleo de Atendimento ao Cliente (NAC) de sua respectiva unidade.

A mulher com solicitação para a mamografia de instituições públicas pode procurar o NAC do HGCC ( Avenida Imperador, 545, Centro), no horário das 8h às 17h, para agendamento do exame.

Números

De janeiro a setembro desse ano, já foram realizadas 1.844 mamografias no hospital. Por mês, a média é de 205 exames. Em 2023, foram realizados 3.427 atendimentos no ambulatório do Hospital Geral Dr. César Cals. Já em 2024, de janeiro a setembro, já são 2.745 atendimentos ambulatoriais.