O Governo do Maranhão participou, nessa quarta-feira (11), em São Paulo (SP), do 5º Diálogo Brasil-Japão. Durante o evento o governador Carlos Brandão destacou a posição estratégica do Porto do Itaqui como principal canal de escoamento da produção de grãos do país, além de demonstrar a capacidade de produção de alimentos pela agricultura familiar no estado em busca de parcerias para novos investimentos no setor.
O 5º Diálogo Brasil-Japão aconteceu em São Paulo (SP), e foi organizado pelo Consulado-Geral do Japão e Ministério da Agricultura do Japão. O evento teve a participação de empresários, investidores e representantes do setor público do governo japonês e de outros estados brasileiros.
O governo do Maranhão participou do 5º Diálogo Brasil-Japão com uma comitiva formada pelo governador Carlos Brandão, os secretários de Estado da Agricultura e Pecuária, Flávio Viana; Agricultura Familiar, Bira do Pindaré; e os presidentes da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Gilberto Lins; e da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão, Sandro Montenegro.
O governador Carlos Brandão enfatizou que o Porto do Itaqui é o porto brasileiro mais próximo do Japão, o que reforça sua vantagem comercial estratégica para exportações.
“Por meio de rota através do Canal do Panamá o Porto do Itaqui é o que fica mais próximo do Japão entre os portos brasileiros. Por isso, precisamos usar esse diferencial para ampliar nossas exportações para o Japão, estreitando a parceria comercial que já temos. Para aumentar as exportações precisamos aumentar a produção. Por isso, também demonstrei nossa capacidade em busca de investimentos de empresas japonesas para a nossa agricultura”, assinalou o governador Carlos Brandão.
Hayashi Teiji, embaixador do Japão no Brasil, afirmou que o Japão quer ampliar a parceria comercial com o Brasil na área de alimentos. “O Brasil representa 30% da carne de frango que consumimos no Japão, sendo nosso maior exportador, e a culinária japonesa já está bastante difundida e popularizada no Brasil. Então, queremos aproximar mais os laços que nos unem. Por isso, estou muito satisfeito com esse diálogo em São Paulo”, afirmou.
O Japão foi o 4º maior destino dos produtos agrícolas brasileiros em 2023, com exportações que totalizaram US$ 4,1 bilhões. A exportação do Maranhão para o Japão, este ano, se concentrou em soja e minério de ferro e concentrados.
O presidente da Emap, Gilberto Lins, informou os novos investimentos que estão feitos no porto para que ele continue sendo um dos principais canais de exportação para o Japão, mas também amplie o volume de cargas transportadas.
“Os números e novos investimentos do porto encantaram os empresários japoneses presentes. Por isso, convidamos todos os empresários japoneses que aqui estão para irem ao Maranhão conhecer nosso porto e verem de perto essa pujança, conforto e nossa capacidade de expansão”, disse Gilberto Lins.
Agricultura
A agricultura familiar do Maranhão também foi apresentada durante o 5º Diálogo Brasil-Japão. “Uma das vantagens competitivas da agricultura familiar é o fato dela ser um tipo de produção mais orgânica, portanto, mais saudável, que hoje é um tema fundamental no consumo de alimentos. Temos uma grande capacidade de produção, mas precisamos, também, do investimento privado para ampliar o volume de produtos”, comentou Bira do Pindaré, secretário da SAF.
O ministro da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão, Sakamoto Tetsushi, afirmou que tem ciência do Maranhão como um grande estado produtor de grãos no Brasil. “E nós, como importadores, temos a expectativa de termos uma relação mais próspera daqui para frente”, disse.
5º Diálogo Brasil-Japão
O 5º Diálogo Bilateral Brasil – Japão sobre Agricultura e Alimentos teve como temas principais o fornecimento estável de cereais; o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e Japão; a cooperação técnica para o aumento da produtividade e a criação de projetos de negócios de empresas privadas japonesas no Brasil.
O objetivo deste diálogo é contribuir para a criação de negócios de empresas japonesas na área da agricultura, silvicultura, pesca e alimentos na América do Sul.