Geral Maranhão
Semu capacita lideranças para enfrentamento à violência doméstica na Região Metropolitana de São Luís
O evento aconteceu no Auditório do Palácio Henrique de La Rocque na última quarta-feira (31) e reuniu lideranças de diversos setores.
01/02/2024 10h46
Por: Redação Portal Verdes Campos Sat Fonte: Secom Maranhão

Em um esforço conjunto para promover a igualdade de gênero e proteger a vida das mulheres, a Secretaria de Estado da Mulher (Semu) do Maranhão deu início a um processo de capacitação para líderes da Região Metropolitana de São Luís. O evento, que aconteceu no Auditório do Palácio Henrique de La Rocque, na última quarta-feira (31), reuniu lideranças de diversos setores, incluindo comunitário, cultural, educacional, esportivo, religioso, sindical e outros.

Sob a coordenação da Semu, a formação teve como objetivo mobilizar e articular iniciativas conjuntas para o enfrentamento da violência doméstica. Durante o evento, ocorreu a eleição da Coordenação do Comitê da Rede de Lideranças da Região Metropolitana de São Luís, marcando um passo crucial para definir diretrizes e estratégias para fortalecer o combate à violência contra as mulheres.

A mesa de abertura contou com a presença de figuras influentes como Abigail Cunha, secretária de Estado da Mulher; Selma Martins, do Ministério Público Estadual; o desembargador Cleones Cunha, Tribunal de Justiça do Maranhão; Susan Lucena, diretora da Casa da Mulher Brasileira de São Luís; Francisca Cardoso, do Fórum Maranhense de Mulheres; Marileide Santos, secretária adjunta da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF); Camila Bispo, coordenadora da Patrulha Maria da Penha na Grande Ilha; Socorro Guterrez, secretária adjunta da Secretaria de Estado da Igualdade Racial (Seir); Luzimar Lopes, vereadora de São Luís e procuradora da Mulher na Câmara Municipal da capital; Kazumi Tanaka, coordenadora das Delegacias Especiais da Mulher do Maranhão; Arthur Darub, coordenador da Coordenadoria Estadual da Mulher do Tribunal de Justiça do Maranhão; Flor de Lis, vice-presidente do Conselho Estadual da Mulher; Antonieta Lago, secretária adjunta da Secretaria de Estado da Mulher; e Kelly Karen Serra, advogada criminalista e presidente do Instituto Empoderar-se.

Abigail Cunha, enfatizou a importância do diálogo e da colaboração comunitária na construção de políticas públicas eficazes para proteger as mulheres do Maranhão. “Iniciamos esse projeto ano passado, porque entendemos que trabalhar em rede e em comunidade é muito importante para a proteção das mulheres. Ouvir as comunidades é a melhor forma de construir políticas públicas de proteção e garantia de direitos. Por isso, estamos aqui, hoje, para dialogar com essas lideranças e dar as mãos para defender as mulheres do Maranhão”, ressaltou. 

A diretora da Casa da Mulher Brasileira, Susan Lucena, destacou a relevância das iniciativas que ampliam a Rede de Proteção às Mulheres, unindo comunidades e líderes para enfrentar os desafios locais. “Iniciativas como essa expandem a Rede de Proteção as Mulheres, que junto com as comunidades e esses líderes que conhecem as dificuldades dos seus bairros, possamos construir grandes coisas para as nossas mulheres”, explicou. 

Francisca Cardoso, do Fórum Maranhense de Mulheres, elogiou a iniciativa e ressaltou a importância de representar as comunidades locais na luta contra a violência doméstica. “Quando estamos nos bairros, nas Associações de Moradores, nos Centros Comunitários, nas escolas, estamos em rede. Parabéns à Semu e a todos os líderes presentes por este diálogo para o fortalecimento dessa Rede de Proteção às Mulheres, em nossas comunidades”, explanou. 

A vice-presidente do Conselho Estadual da Mulher, Flor de Lis, expressou apoio à abordagem colaborativa entre comunidades e poder público. “Muita satisfação em ver esse auditório lotado representando cada comunidade da nossa Grande Ilha. O Conselho Estadual da Mulher apoia e incentiva esse tipo de aproximação entre comunidades e poder público, no combate à violência contra as mulheres”, disse. 

A vereadora de São Luís e procuradora da Mulher na Câmara Municipal da Capital, Luzimar Lopes, destacou a necessidade de parcerias com líderes comunitários para formar uma rede de informação e proteção às mulheres. “É fundamental falar e ouvir as nossas comunidades. É necessária essa parceria com essas lideranças que conhecem os problemas dos seus bairros, formando uma rede de informação e proteção de mulheres, divulgando esses serviços de acolhimento em suas comunidades para combater à violência doméstica”, enfatizou.

O desembargador Cleones Cunha reforçou a importância da participação das comunidades na luta contra a violência doméstica. “É uma alegria imensa estar aqui com vocês, porque é da comunidade que nascem ações e demandas de políticas públicas. A Rede de Proteção à Mulher estava sentido falta de vocês, lideranças comunitárias. Esperamos, que através das comunidades, possamos combater à violência doméstica e proteger as nossas mulheres, estreitando essa relação com o poder público”, pontuou.

Os painéis abordaram temas relevantes, incluindo os tipos de violência doméstica, o papel das lideranças comunitárias, a intervenção profissional no acolhimento às vítimas e a importância da comunicação para promover a justiça social. 

O evento culminou com uma palestra do desembargador Cleones Cunha e a eleição dos representantes provisórios da coordenação da Rede de Lideranças pela Vida das Mulheres na Região Metropolitana de São Luís. Na oportunidade, foram escolhidos 88 representantes de entidades da Sociedade Civil Organizada para compor a coordenação. 

Maior redução no índice de feminicídio dos últimos 5 anos

Os esforços do Governo do Maranhão para capacitar líderes e fortalecer a rede de proteção às mulheres têm gerado resultados significativos. Em 2023, foram registradas mais de 22 mil medidas protetivas, resultado de campanhas de conscientização como a Caravana Maranhão Todos Por Elas, que alcançou mais de 20 mil mulheres em 18 regionais do estado.

Além disso, o Maranhão registrou a maior queda no índice de feminicídios dos últimos cinco anos, com uma redução de 28% em comparação com 2022. As forças policiais do estado prenderam suspeitos de feminicídio, demonstrando um compromisso contínuo em buscar justiça para as vítimas e suas famílias.

A redução de feminicídios na Região Metropolitana de São Luís também é um ponto positivo, refletindo o impacto das ações coordenadas entre governo, comunidades e líderes locais. Esses esforços destacam o compromisso do Maranhão em proteger os direitos das mulheres e criar um ambiente seguro e inclusivo para todos.