O Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), incentiva diversos modelos de negócios que atuam no âmbito da economia criativa. Esta semana, projetos contemplados no edital Economia Criativa, lançado pela Fundação e o Sebrae, concluíram mais uma fase da capacitação para alavancar seus negócios.
A gestão vem investindo neste setor, que se mostra promissor e reúne uma série de potenciais empreendimentos que podem somar para o desenvolvimento econômico do estado. Neste evento de apresentação, realizado nos dias 11 e 12 de dezembro, os empreendedores tiveram a oportunidade de apresentar seus negócios aos coordenadores da chamada. Na ocasião, foram repassadas orientações valiosas e contribuições para avanços dos negócios. Das 46 empresas selecionadas na chamada, 36 participaram da apresentação.
“Este momento do pitch, que consiste na apresentação concisa e impactante de um projeto ou ideia de negócio, permitiu que os participantes demonstrassem a viabilidade, inovação e potencial de seus empreendimentos. Paralelamente, os coordenadores do edital desempenharam um papel crucial ao avaliar os projetos, oferecendo feedback construtivo e orientações que podem ser fundamentais para o sucesso futuro dessas iniciativas”, pontuou o presidente da Fapema, Nordman Wall.
Wall destacou a importância estratégica desta fase do edital, acrescentando que “é a ocasião para identificar negócios promissores e criar um ambiente propício para o desenvolvimento de ideias inovadoras, ampliando as oportunidades dos empreendedores maranhenses”.
Analista de Inovação e Tecnologia do Sebrae-MA, Daniele Abreu destacou que a etapa de apresentações “é de culminância e celebração da fase de pré-incubação das propostas. Observamos projetos mais maduros e esperamos que sejam sustentáveis, que prosperem e consigam gerar mais renda, pois, a intenção é que, cada vez mais, consigamos apoiar estes empreendedores”.
“Esta fase representa um importante avanço na condução do edital e possibilita aos empreendimentos que possam exemplificar suas propostas, para um melhor conhecimento e assim, ratificarem a viabilidade destas ideias para o desenvolvimento do setor da economia criativa”, avaliou a coordenadora do setor de Inovação e Empreendedorismo da Fapema, Isaura Moreira.
A chefe da Assessoria de Planejamento da Fapema, Adriana Nogueira, pontuou “o empenho do governador Carlos Brandão em investir neste segmento e contribuir, de fato, para impulsionar os negócios da economia criativa”. O diretor Administrativo e Financeiro da Fapema, Arnodson Campelo, também se posicionou parabenizando a política da gestão, quanto aos investimentos neste setor.
Por meio do edital Economia Criativa, o Governo do Maranhão e o Sebrae reforçam compromisso com o apoio a empreendimentos capazes de impulsionar a economia, gerar empregos e aumentar a renda dos maranhenses. “O apoio às iniciativas criativas promove o desenvolvimento econômico e estimula a inovação, a cultura e a diversidade. O governo atua para impulsionar à criação de novos postos de trabalho, estimular a produção local e fortalecer a identidade cultural do nosso estado”, pontuou Nordman Wall.
Pitches
O fator social, sustentável e com forte apelo regional, dando ênfase às riquezas naturais e cultura maranhense, foram diferenciais nos negócios apresentados. Entre estes, os projetos Desert Mirage, Mulheres Narradoras, Co Working Cultural, Incubadora de Espetáculos, Elas por Elas, Gamezônia, Mishi Saike Cerâmica, Tupisky, Mara Match, e, ficando nos três primeiros lugares em apresentação, os projetos Fofão, Literatura Infantil e Cultura Maranhense, Boi da Floresta e Maranuts (no primeiro dia); e Alomanu Comunicação, Novos Desenhos e o Brilho do Buriti (no segundo dia).
A proposta Desert Mirage, jogo criado pelo empresário Cássio Souza, da Opens Game Studio, tem inspiração nos Lençóis Maranhenses. O projeto está na fase de criação de base para que possa ser disponibilizado ao público e, de acordo com a aceitação, ser lançado no mercado a versão completa.
“O jogo se passa nesse cartão-postal do Maranhão e queremos levar para o país inteiro. Com apoio do edital, conseguimos desenvolver a parte inicial do projeto, que vai nos permitir colocar no mercado. O objetivo é divulgar nossas raízes, nossos Lençóis Maranhenses e nossa região. Já fizemos isso com outro produto nosso, que foi para 60 países e esperamos alcançar resultado similar com esse novo projeto”, explicou o empresário Cássio Souza.
Outro negócio apresentado foi o Gamezônia, que tem como proposta recontar a história da Amazônia pela visão dos povos e comunidades tradicionais, e tem como público-alvo, crianças e adolescentes. “O edital da Fapema e Sebrae foi uma iniciativa muito importante, que incentiva diversas ideias da economia criativa. Nos sentimos muito contemplados, realizados e agradecidos por esta oportunidade. Participar deste edital foi importantíssimo para que pudéssemos executar o projeto, trazer representantes destes povos e pensar no lançamento. Estamos com o jogo pronto e muito felizes, pois, com este apoio, vamos impactar e chegar a mais pessoas”, avaliou o CEO da empresa, Vinícius Cirino.
“Participar do edital nos ajudou a alavancar o negócio, adquirir matéria-prima, desenvolver o negócio para além do fazer cerâmica. Conseguimos consultorias de marketing, vendas, de negócios, desenvolvimento de site. Portanto, foi uma oportunidade muito relevante para nós, que somos pequenos empreendedores, e vai nos ajudar a contribuir com a movimentação deste setor importante, que é a economia local”, frisou Camila Santos, da empresa Mishi Saike Cerâmica.
O empresário Erison Chaves apresentou a Tupisky, projeto que destaca o conhecimento de astronomia do povo indígena Tupinambá. Ele destacou que esta população, presente no Maranhão, sempre teve grande conhecimento em Astronomia e a proposta do jogo é contribuir para que as pessoas tenham maior senso de pertencimento e se aprofundem mais nas culturas locais, que são riquíssimas. “Essa grande oportunidade do edital nos possibilitou a capacitação, conseguimos acelerar bastante nosso projeto e o objetivo é, ano que vem, já publicarmos a primeira versão dele para o público geral. Somos muito gratos ao Governo do Estado, à Fapema e ao Sebrae, que nos possibilitou tirar este projeto do papel”, enfatizou.
Daniela Ferreira, da Mara Match, criou um chocolate pensando em pessoas que não podem consumir os que estão disponíveis no mercado. Citando a mãe, que é diabética, e um amigo que é intolerante à lactose, ela criou um chocolate à base de castanha do Maranhão, planta nativa do estado. “Queríamos criar um substituto do chocolate convencional e atender esta demanda de pessoas que gostam deste item, mas não podem consumir os encontrados no mercado. Neste processo, o edital foi um diferencial, pois nos permitiu avançar na concepção da ideia e vislumbrar mais mercados e formas de atuação”, frisou.