Geral Maranhão
Governo faz mutirão de triagem de fissura labial e fenda palatina no Hospital Dr. Juvêncio Mattos
A fissura labial é uma malformação em que o lábio superior é dividido, às vezes até a base do nariz. A fenda palatina é uma fissura no palato (céu ...
04/12/2023 14h55
Por: Redação Portal Verdes Campos Sat Fonte: Secom Maranhão

Cem crianças passaram pelo segundo mutirão de fissura labial e fenda palatina realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) no Hospital Dr. Juvêncio Mattos, em São Luís (MA), em 30 de novembro. As cirurgias dos pacientes aptos para os procedimentos cirúrgicos estão previstas ainda para dezembro.

Jéssica de Abreu, de 24 anos, mãe da Analis, de 10 meses, acompanhou a filha na triagem, no Hospital Dr. Juvêncio Mattos. “Eu não tenho nem palavras para dizer o que esse momento significa para mim, porque quando ela nasceu eu achei que não tivesse como corrigir. Eu não sabia nada sobre o assunto. A equipe me deu esperanças, me explicaram que tem sim possibilidade de correção e cirurgia”, afirmou a mãe.

A fissura labial e fenda palatina são as mais frequentes anomalias congênitas craniofaciais e geram impactos de natureza funcional, estética, emocional e clínica.  “O ideal é na vida intrauterina a gente já fazer o diagnóstico, para já envolver a família na aceitação e oferecer o suporte psicológico que vão precisar. Nós temos uma equipe que envolvem 10 especialidades, e a depender da gravidade, a criança pode precisar de quatro a seis cirurgias. É de fundamental importância que a gente trate no momento e na idade certa. Nosso objetivo é reintegrar essa criança a sociedade em perfeitas condições, com uma vida escolar digna, sem os preconceitos que ainda cercam elas”, explicou o cirurgião plástico, Júpiter Newler.

A fissura labial é uma malformação em que o lábio superior é dividido, às vezes até a base do nariz. A fenda palatina é uma fissura no palato (céu da boca), que causa uma abertura anômala para dentro do nariz.

Entre as repercussões que afetam a saúde das crianças estão o aumento da incidência da pneumonia de aspiração, problemas auditivos, dificuldades de alimentação e distúrbios na fala. Geram ainda, repercussões psicológicas e sociais que atingem também os familiares.

Morando no município de Santa Quitéria, Lindalva Sousa, de 45 anos, acompanhou a bisneta Yasmin Alves, de 2 anos, na consulta de triagem, também no Hospital Dr. Juvêncio Mattos, em São Luís.  “A gente sempre precisou ter muito cuidado, porque ela não conseguia mamar, tinha dificuldades para sugar. Precisa de muito cuidado para não engasgar, agora já é melhor, mas ainda precisa de atenção, então será muito bom”, disse.

Larissia dos Santos, de 26 anos, levou a filha Júlia, de 6 anos, para avaliação para segunda cirurgia pelo mutirão. Em março deste ano, a criança passou por procedimento cirúrgico para o fechamento do palato. A próxima etapa será a cirurgia plástica para correção labial. Mãe e filha residem no município de Santa Inês. “Felicidade é tanta que não sei como agradecer essa oportunidade. A nossa caminhada tem sido longa. Todo início é difícil, pela dificuldade de se alimentar, mas agora ela é a tagarela da casa”, comemora.