Geral Maranhão
Biblioteca Benedito Leite promove atividade de combate ao racismo
Como parte das ações do mês dedicado a Consciência Negra, a Biblioteca Pública Benedito Leite realizou a oficina ‘Contação de histórias como prátic...
23/11/2023 20h01
Por: Redação Portal Verdes Campos Sat Fonte: Secom Maranhão

Uma das atividades realizadas de forma regular pela Biblioteca Pública Benedito Leite (BPBL) é a contação de histórias. Como parte das ações do mês dedicado a Consciência Negra, a BPBL realizou a oficina ‘Contação de histórias como prática antirracista’ nesta quinta-feira (23). Ministrada pela professora, mestra e escritora Luanda Martins Campos, a oficina foi direcionada a contadores de histórias, mediadores de leitura, educadores, profissionais de bibliotecas, dentre outros interessados.

Luanda Martins Campos explicou que a oficina faz parte do projeto independente Histórias Pretas, que conta com duas vertentes: a primeira é a contação de histórias africanas e afro-brasileiras em escolas, quilombos e terreiros; a segunda é a formação de educadores sobre o tema, especialmente professores de escolas públicas.

“Nós trabalhamos os elementos ancestrais que fazem parte da formação de histórias pretas e a contação de histórias com uma função antirracista diante da necessidade de reconstruir as nossas práticas educativas, de reconstruir os nossos discursos”, explicou a escritora.

A diretora da Biblioteca Bendito Leite, Aline Nascimento, informou que várias atividades estão sendo realizadas durante o mês de novembro em referência ao Dia Nacional da Consciência Negra e definiu a oficina como essencial para o resgate da história do negro no Brasil e no mundo.

“Coroando a nossa programação temos a oficina de ‘Contação de histórias como práticas antirracistas’ trazendo a escritora, pesquisadora e professora Luanda Martins. Hoje oferecemos essa oficina para o público adulto para discutir a identidade negra, as narrativas negras e as lutas do povo negro”, afirmou Aline Nascimento.

O tema despertou a atenção da professora Ana Luzia dos Santos. “Eu trabalho em uma região campesina, na zona rural, onde muitas crianças precisam se identificar e ainda não conseguem. Como educadora, eu acredito que essa formação tem uma grande importância por conta da necessidade de modificar estereótipos que ainda estão entre nós”, comentou.

Ao longo de todo o mês, a BPBL vai promover atividades de combate ao racismo, incluindo o destaque de duas estantes dedicadas a literatura afro, sendo uma voltada para o público infantil.