A Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio da Câmara dos Deputados poderá votar na terça-feira (7) o relatório preliminar que trata do anteprojeto do Marco Legal do Hidrogênio de Baixo Carbono.
O relator, deputado Bacelar (PV-BA), já entregou a última versão, informou o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), presidente do colegiado. “O governo revisou o seu cronograma, e poderemos ter uma boa convergência”, avaliou.
O hidrogênio verde (ou sustentável) é um gás obtido pela quebra de moléculas de água a partir de corrente elétrica gerada por fonte renovável – como hídrica ou solar. Tem várias aplicações como matéria-prima e na geração de energia.
Urgência
Debatedores reunidos nesta quarta-feira (1º) pela Subcomissão Especial de Hidrogênio Verde e Concessões de Distribuição cobraram urgência na definição do marco regulatório para as cadeias produtiva e logística do hidrogênio verde.
“O Brasil é tido como ‘a Arábia Saudita das energias renováveis’, e precisamos aproveitar essa nossa aptidão”, disse o vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), João Azeredo.
O Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), localizado no Ceará, já iniciou projetos para se tornar um dos principais produtores e exportadores de hidrogênio verde, disputando os mercados europeu e asiático a partir de 2024.
“Com uma logística adequada, conseguiremos entregar esse hidrogênio verde nos portos de Roterdã, na Holanda, ou de Tóquio, no Japão, com o custo mais barato do mundo”, assegurou o diretor-presidente do CIPP, Hugo Figueirêdo.
“Uma visão regulatória será necessária, mas a indústria tem as condições para enfrentar os desafios”, afirmou o gerente-executivo de Energia Renovável da Petrobras, Daniel Pedroso. A estatal produz hidrogênio a partir do gás natural.
Mercados
A reunião desta quarta-feira foi proposta pelo deputado Leônidas Cristino (PDT-CE), integrante da comissão especial e um dos dois relatores da subcomissão do hidrogênio verde, esta vinculada à Comissão de Minas e Energia da Câmara.
“Temos que usar o hidrogênio verde como fonte de energia no Brasil, para que os produtos brasileiros sejam verdes e competitivos internacionalmente, isso vai ser fundamental no mercado brevemente”, comentou Leônidas Cristino.