A primeira licença prévia de uma planta de hidrogênio verde no Ceará foi aprovada pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema), em reunião extraordinária realizada, nesta quinta-feira (26), no auditório da Semace. A reunião foi presidida pela secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), Vilma Freire, e contou com a presença do superintendente da Semace, Carlos Alberto Mendes, e demais conselheiros.
A planta, da empresa australiana Fortescue, receberá um investimento significativo e será desenvolvida em etapas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, especificamente no Setor 2 da ZPE Ceará. O projeto tem potencial para produzir 837 toneladas de hidrogênio verde por dia, com o uso de 2.100 MW de energia renovável.
O projeto também pode gerar cerca de cinco mil empregos na fase de construção, de acordo com o Estudo de Impacto Ambiental. A Fortescue foi a primeira empresa a assinar um pré-contrato para a instalação de uma usina de hidrogênio verde (H2V) no Complexo do Pecém.
O superintendente da Semace, Carlos Alberto Mendes, destacou que o Ceará faz história de forma planejada e organizada.“O projeto utilizará uma área da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, destinada para as usinas do hidrogênio verde”, ressaltou o superintendente da Semace.
Criado em fevereiro de 2021 pelo Governo do Ceará, em parceria com o Complexo do Pecém, Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e Universidade Federal do Ceará (UFC), o hub tem atraído diversas empresas interessadas em instalar no Complexo do Pecém plantas para a produção e distribuição deste combustível – considerado o do futuro. Até o momento, 34 Memorandos de Entendimento (MoUs) já foram assinados.