Diante da necessidade de obtenção de uma alta cobertura vacinal, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), promoveu ação de vacinação, nesta terça-feira (24), na Creche do Centro, localizada na Rua Rio Branco, em São Luís. A ação alusiva ao Dia Mundial de Combate à Poliomielite, mobiliza a população para proteger as crianças contra a pólio. 

A SES disponibilizou também pontos de vacinação. De quarta (25) a sexta-feira (27), a vacinação contra pólio será ofertada, das 8h30 às 16h, na Policlínica da Criança (Cohab) e na Casa de Apoio Ninar (Ponta d’Areia). Nesta quinta-feira (26), também ocorrerá vacinação, das 8h30 às 16h, na Creche da Liberdade. 

“É um momento importantíssimo para reafirmar a necessidade da conscientização da família a respeito das coberturas vacinais. A melhor forma de proteger nossas crianças contra doenças evitáveis é vacinando. Esperamos alcançar 95% do público, conforme recomenda o Ministério da Saúde, com a vacina contra poliomielite, bem como outras que também são disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunização”, disse a chefe do Departamento de Controle das Doenças Imunopreveníveis da SES, Halice Figueiredo.

A vacina é disponibilizada em dois tipos, sendo a Oral Poliomielite (VOP) para crianças de até 4 anos, e Inativada Poliomielite (VIP) àquelas que já tenham recebido as três doses do esquema básico. De acordo com dados da SES, em 2022, a VIP obteve 74,37% de cobertura vacinal, enquanto que em 2023 50,45%. Já a VOP, também no ano de 2022, teve cobertura vacinal de 58,41%, e em 2023, até o momento, 39,72% de doses aplicadas. 

O Ministério da Saúde preconiza índice de 90 a 95% do público alvo protegido contra a doença. As vacinas contra poliomielite e as demais presentes no catálogo do PNI estão sendo disponibilizadas nas mais de 1.800 Unidades Básicas de Saúde (UBS) existentes em todo Maranhão. 

Para a gestora geral da Creche do Centro, Daniele Veras, a ação é extremamente necessária. “Esses grupos etários, ainda bem ativos no calendário de vacinação, muitas vezes não têm acesso às vacinas porque as famílias não têm cumprido o calendário com prazo determinado. Então trazer essa iniciativa para a instituição é garantir o direito da proteção, fruto da articulação de duas políticas fundamentais, ou seja, educação e saúde”, disse.  

A Núbia Duarte, de 39 anos, é mãe do Lourenço, de dois anos. Segundo ela, a ação facilitou a imunização da criança. “No meu caso ajudou, pois, o meu tempo é muito corrido. Para o Lourenço mais ainda, porque ele é uma criança com diagnóstico de autismo e nos dividimos entre a creche, as terapias e demais consultas. Então esse ponto de vacinação aqui será bom não só para as crianças que aqui estudam, mas também para as demais da região”. 

Ivanilde Viana acompanhou a neta Ana, de três anos, na ação imunizante realizada na Creche do Centro. “Acho muito interessante trazer as vacinas até a escola, porque geralmente os pais não têm muito tempo para ir a um posto de saúde. Então ofertar essa ação no ambiente escolar é bastante viável, pois assim não tem como deixar de vacinar”, elogiou.  

A doença 

A poliomielite, também conhecida como Paralisia Infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode acarretar paralisia nos membros inferiores. Ela é causada pelo poliovírus e sua forma de contágio se dá pelo contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes, podendo provocar ou não paralisia. A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual.