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HRN realiza neurocirurgia para tratamento de dor neuropática; técnica foi utilizada pela primeira vez na unidade
Equipe do HRN utilizou um sistema de monitorização neurofisiológica intra-operatória para garantir que a cirurgia fosse bem sucedida “Fiquei muito ...
22/10/2023 09h25
Por: Redação Portal Verdes Campos Sat Fonte: Secom Ceará

“Fiquei muito feliz quando acordei da cirurgia e percebi que não tinha mais aquela queimação em meu braço. Para mim, é uma nova vida que recomeça”. A afirmação é de Joelson Loreto, 51. No início de outubro, ele foi submetido, no Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), em Sobral, a uma complexa cirurgia para tratamento da dor crônica neuropática.

A equipe de neurocirurgia do HRN realizou a cirurgia denominada DREZotomia Cervical. Trata-se de uma neurocirurgia que permite o alívio de dores de caráter neuropático em pacientes que sentem uma espécie de queimação no membro superior. A cirurgia causa uma lesão térmica intencional em uma parte da medula cervical, desconectando parcialmente os neurônios e bloqueando os estímulos de dor.

Foto: Reprodução/Secom Ceará
O paciente operado foi vítima, em 2018, de traumatismo do plexo braquial esquerdo, um conjunto de estruturas nervosas responsáveis pela sensibilidade e motricidade de todo o membro superior. Além de sequelas motoras, ele desenvolveu dores no braço esquerdo. “Apesar de diversas tentativas com tratamentos medicamentosos em doses elevadas, o paciente não obteve alívio das dores. Dessa forma, tivemos que recorrer à cirurgia”, afirma o coordenador do serviço de neurocirurgia do HRN, o médico Paulo Roberto Lacerda Leal.

Diante da complexidade do procedimento, foi necessária a utilização de um sistema de monitorização neurofisiológica intra-operatória, com o intuito de garantir a seleção do local a ser lesionado na medula. Essa técnica médica, utilizada pela primeira vez na unidade, envolve a colocação de eletrodos em áreas específicas do corpo para registrar a atividade elétrica dos nervos em tempo real. “O aparato neurofisiológico foi importante para localizarmos a parte exata que deveríamos abordar, além de nos auxiliar a minimizar o risco de sequelas adicionais”, explica Leal.