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Conselho arquiva processo contra José Medeiros e abre processo contra sete deputados
Gilmar Félix/Câmara dos Deputados Reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar arquivou nesta quart...
30/08/2023 16h55
Por: Redação Portal Verdes Campos Sat Fonte: Agência Câmara de Notícias

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar arquivou nesta quarta-feira (30) representação  apresentada pelo PT contra o deputado José Medeiros (PL-MT), acusado de intimidar a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) durante sessão que comemorava o Dia da Mulheres e de agredir o deputado Miguel Ângelo (PT-MG), que defendeu Gleisi.

Na mesma reunião, foram abertos novos processos contra sete deputados: Marcon (PT-RS), Glauber Braga (Psol-RJ), Abilio Brunini (PL-MT), André Fernandes (PL-CE), Ricardo Salles (PL-SP), Zucco (Republicanos-RS) e Sâmia Bomfim (Psol-SP).

Além disso, o deputado Gabriel Mota (Republicanos-RR) apresentou parecer pelo arquivamento da Representação 5/23, apresentada pelo PP,  contra a deputada Juliana Cardoso (PT-SP), acusada de quebra de decoro ao chamar de “assassinos” os parlamentares favoráveis à tramitação em regime de urgência do projeto do marco temporal das terras indígenas, que dificulta a demarcação dessas terras (PL 409/07). Outras cinco deputadas enfrentam processos semelhantes no Conselho de Ética. O deputado Rafael Simoes (União-MG) pediu vista do processo, concedida pelo presidente do conselho, Leur Lomanto Júnior (União-BA). por dois dias úteis.

Em sua defesa, Juliana Cardoso disse que as deputadas estão sendo alvo de violência política de gênero, que “ataca as mulheres mais combativas dentro do Parlamento”. Ela afirma que a representatividade das mulheres na Câmara – hoje, de apenas de 18% – é essencial para uma democracia plena e que o conselho não pode ser transformado em palco de perseguição das deputadas. Ela reiterou que o projeto do marco temporal é “assassino” dos povos indígenas e que continuará fazendo a defesa do seu povo. A deputada é indígena. 

O relator Gabriel Mota argumentou que a imunidade parlamentar é prerrogativa funcional, o que significa que os deputados são invioláveis civil e penalmente por suas opiniões, palavras e votos. Na avaliação dele, as declarações se inserem no debate de ideias no Parlamento e não ensejam controle político por parte do Conselho de Ética. Assim, para o relator, não há justa causa que justifique o prosseguimento do processo.

José Medeiros: imagens anexadas ao processo não contêm agressão - (Foto: MyKe Sena/Câmara dos Deputados)

 José Medeiros
No caso da
Representação 4/23, contra o deputado José Medeiros (PL-MT), o parecer do deputado Albuquerque (Republicanos-RR), contrário à continuidade do processo, foi aprovado por unanimidade pelo conselho. 

Além de ser acusado de intimidar a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) durante sessão que comemorava o Dia da Mulher, Medeiros também foi acusado de xingar e agredir o deputado Miguel Ângelo (PT-MG). José Medeiros, em sua defesa prévia, afirma que as imagens anexadas pelo partido não contêm agressão e afirma que, se pisou no pé do deputado Miguel Ângelo, pede desculpas, pois não foi sua intenção. 

O deputado Albuquerque inicialmente recomendou a continuidade do processo, mas nesta quarta-feira mudou o voto, considerando os fatos irrelevantes. Para ele, os deputados não devem gastar tempo com esse tipo de processo. 

Novos processos
Além de instaurar os novos processos contra sete deputados, o presidente do Conselho de Ética sorteou a lista tríplice para a escolha dos relatores desses casos. Leur Lomanto Júnior escolherá o relator de cada caso a partir da lista tríplice sorteada.