A prova e a cerimônia de premiação ocorreram, respectivamente, nos dias 26 e 27 de agosto, na Unicamp. Os candidatos fizeram uma prova dissertativa que teve como tema central os povos indígenas. Mais de 1,1 mil estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio de todo o país participaram da última fase da ONHB. Destes, 87 eram alunos da rede estadual cearense, organizados em 29 equipes. Os jovens, junto com 21 professores orientadores, tiveram despesas com passagens aéreas, hospedagem e alimentação pagas pela Secretaria da Educação (Seduc). O Terceiro Colégio da Polícia Militar Tenente Mário Lima, que alcançou a maior pontuação entre as escolas públicas do Brasil nas etapas anteriores, teve os bilhetes aéreos do grupo providenciados pela própria Unicamp.
Mariana Sanders, de 18 anos, cursa a 3ª série na EEM Doutor César Cals e faz parte da equipe denominada “Epifania”, premiada com a medalha de ouro. A jovem ressalta que a olimpíada aborda os conteúdos “de maneira única, criativa e divertida”, proporcionando enriquecimento do repertório sociocultural.
“O que mais me chama atenção na ONHB é como ela nos dá a oportunidade de desenvolver o trabalho em equipe e de construirmos melhor os nossos relacionamentos através das tarefas e das questões. Além disso, formar uma relação com o professor é uma das partes fundamentais. O nosso professor orientador, Acácio Simões, acompanhou e auxiliou toda a nossa trajetória. O apoio, a transmissão de conhecimentos e os diálogos que tivemos com ele foram muito importantes para a nossa jornada. A dedicação do nosso querido professor é inspiradora”, aponta.
Despertar a reflexão e o senso crítico a respeito dos acontecimentos históricos é outra característica da Olimpíada, conforme a estudante.
“Acredito que conhecer mais sobre nosso país melhore a pessoa como cidadã, pois sabendo da história da formação do seu povo é possível entender os motivos dos problemas sociais e ver maneiras de resolvê-los. Quando a minha equipe foi convocada para a final presencial na Unicamp, ficamos extremamente felizes e agradecidas pelo nosso esforço ter sido recompensado. No momento em que nossa medalha de ouro foi anunciada, simplesmente não acreditamos que era real, até hoje parece que a ficha não caiu, e ficamos muito emocionadas e honradas”, salienta Mariana.
A ONHB chegou em 2023 à 15ª edição, somou número recorde de inscritos e é considerada o maior projeto de extensão da Unicamp. Neste ano, foram 30,5 mil grupos participantes, contemplando um total de 120 mil pessoas. O número é o maior já registrado entre todas as edições e representa um aumento de 68% em comparação com 2022. Ao todo, foram 340 equipes finalistas.
A participação na ONHB ocorre em equipes formadas por um professor de História e três estudantes do Ensino Fundamental (8º e 9º anos) ou Médio de escolas públicas e particulares. Antes da fase final, houve seis etapas online – que foram realizadas entre maio e junho. Cada etapa teve uma semana de duração e previa questões de múltipla escolha e realização de tarefas.
Ao longo desta semana, a organização da ONHB também oferece para parte dos orientadores finalistas a oportunidade de permanecer em Campinas e participar de um curso de formação ministrado pelos docentes do Departamento de História da Unicamp. A programação conta com palestras, aulas e visitas a museus. Três professores de delegações cearenses foram contemplados com a ação, sendo dois da EEM Adauto Bezerra e um da EEM Doutor César Cals.
EEM Doutor César Cals:
– Equipe Epifania (medalha de ouro)
Agnes Pontes Ristau
Karen Jamilly Lima Rocha
Mariana Pereira Sanders
– Equipe Mistério do Planeta (medalha de bronze)
Brenda Silva Souza
Antony Jefferson Basílio Da Silva
Victor Manuel de Quadros Monteiro
– Equipe Alencar Bárbara (medalha de bronze)
Letícia Maria Lima de Carvalho
Maria Eduarda Coutinho de Castro
Emily Mirela dos Santos Lopes
EEM Adauto Bezerra
– Equipe Cactos (medalha de prata)
Isabelle Costa Vasconcelos Vieira
Maria Karolina Alves de Oliveira
Tuanny Azevedo de Lima
As 29 equipes finalistas da rede estadual do Ceará são provenientes de 11 unidades de ensino: Escola de Ensino Médio (EEM) Adauto Bezerra (9), Escola de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Doutor César Cals (8), EEFM Parque Presidente Vargas (2), Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Comendador Miguel Gurgel (2), EEFM Deputado Paulino Rocha (2), EEEP Antônio Rodrigues de Oliveira (1), EEFM Arquiteto Rogério Fróes (1), Terceiro Colégio da Polícia Militar Tenente Mário Lima (1), EEEP José Vidal Alves (1), EEEP Francisco das Chagas Vasconcelos (1) e EEM Hermínio Barroso (1).
O formato da prova oferece aos estudantes e professores a oportunidade de discutir temas que nem sempre são abordados em sala de aula ou estão presentes nos livros didáticos. O conteúdo apresentado nas questões permeia, além da História do Brasil, assuntos interdisciplinares, como geografia, literatura, arqueologia, patrimônio cultural, urbanismo, atualidades etc.
A Olimpíada também é uma importante ferramenta de ensino de História do Brasil, estimulando a análise crítica dos estudantes e contribuindo para a preparação deles para vestibulares, concursos e exames, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A ONHB é realizada com apoio do Departamento de História da Unicamp, do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) da Unicamp, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unicamp e da Associação Nacional de História (Anpuh). Conta também com a participação de docentes universitários, alunos de graduação, mestrandos e doutorandos.
*Com informações da Assessoria de Imprensa da Olimpíada Nacional em História do Brasil